As obesidades andróide e ginóide são quadros que levam em consideração o local em que está localizada a maior parte da gordura corporal (região abdominal, glúteos, pernas, etc).
Analisar esse aspecto é importante, visto que essa localização tem efeito direto sobre o aumento ou não de riscos de complicações à saúde. Mas, antes de falar mais sobre a obesidade andróide e ginóide, é preciso entender quais doenças estão associadas aos quadros de aumento de peso, no geral.
Quais os problemas relacionados à obesidade?
Já é de conhecimento público que o sobrepeso e a obesidade são resultados, na maioria das vezes, da ingestão excessiva de calorias, associada a redução do gasto energético. Porém é importante ressaltar que esse quadro também está relacionado a mudanças no metabolismo e nas funcionalidades do organismo.
Isso porque a gordura acumulada causa um processo de inflamação crônica de baixo grau no corpo. Assim, a longo prazo, esses fatores inflamatórios circulantes, associados a outras mudanças no organismo, acabam por aumentar os riscos de algumas doenças.
Dessa forma, as principais complicações da obesidade (andróide e ginóide), são:
- Diabetes tipo 2;
- Dislipidemia;
- Aterosclerose;
- Doença cardiovascular;
- Síndrome metabólica;
- Doença hepática gordurosa não alcoólica;
- Problemas pulmonares;
- Distúrbios do sono;
- Problemas de humor;
- Câncer;
- Complicações de Covid-19.
Além dessas complicações gerais que possuem risco aumentado para os obesos, também existem problemas específicos a depender se a obesidade é andróide ou ginóide.
Para entender mais sobre isso, confira as informações a seguir.
Obesidade andróide
Na obesidade andróide, o armazenamento da gordura fica restrito a região abdominal e o obeso costuma ter braços e pernas mais finos, obtendo um corpo com forma de “maçã”.
Esse quadro acontece, na maioria das vezes, nos homens e, com base em um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Alimentar e Nutricional dos Estados Unidos da América, os obesos androides têm maior risco de ter complicações relacionadas à obesidade.
Isso porque a gordura abdominal pode ficar armazenada de duas formas: no tecido subcutâneo ou nas vísceras, sendo que essa gordura possui maior capacidade inflamatória, o que aumenta o risco de doenças e complicações.
Alguns exemplos são as doenças cardíacas, a síndrome metabólica e a diabetes. Além disso, a probabilidade de desenvolver gota, aterosclerose e muitos tipos de câncer estão ligadas ao tipo de distribuição de gordura andróide.
Uma forma simples de identificar se há excesso de gordura abdominal é pela medição da circunferência do abdômen com uma fita métrica. Nas mulheres, o ideal é que esse valor esteja abaixo de 88 cm, enquanto que nos homens o valor deve ser inferior a 102 cm.
Vale lembrar que a obesidade andróide também pode se manifestar em outras áreas do tronco, como a nuca e os ombros. Além disso, esse tipo de obesidade em mulheres também pode estar associado ao desenvolvimento de características masculinas, como o aumento de pelos corporais.
Somado a isso, a obesidade andróide em mulheres também se manifesta com uma quantidade de gordura corporal que costuma ser maior do que a quantidade encontrada em homens com o mesmo quadro.
Obesidade ginóide
Em primeiro lugar, é importante entender que o que determina o local em que a gordura vai ficar armazenada em cada pessoa é a singularidade de cada um, como os fatores genéticos.
No caso da obesidade ginóide, o excesso de gordura é depositado nas áreas do quadril, glúteos e coxas. Assim, o quadril do obeso ginóide é mais arredondado e os glúteos geralmente parecem maiores que o esperado.
Por causa disso, quem possui o tipo de distribuição de gordura ginóide tem um formato corporal semelhante ao de uma “pêra”, já que é mais largo na parte inferior do corpo. Vale lembrar que esse quadro é mais frequentemente encontrado em mulheres.
Um ponto importante nesse contexto é que o obeso ginóide está em uma posição de menor risco à saúde, se comparado ao obeso andróide, visto que possui menor probabilidade de gerar doenças duradouras relacionadas à obesidade e sobrepeso.
Isso acontece porque o acúmulo de gordura nessa região inferior do corpo traz menores chances de causar um quadro inflamatório. Porém, é fundamental ressaltar que a obesidade em si é um risco à saúde, independente de como ela se caracteriza.
Tratamento da obesidade andróide e ginóide
O tratamento da obesidade andróide e ginóide tem o objetivo de reduzir o excesso de gordura corporal. Assim, esse processo pode ser feito por meio de:
- Balão intragástrico;
- Gastroplastia endoscópica;
- Dietas;
- Atividade física;
- Acompanhamento psicológico;
- Orientações médicas;
- Uso de medicamentos;
- Cirurgia bariátrica, entre outros.
Vale lembrar que a escolha do tratamento ideal depende de cada caso. Por isso, encontrar um bom profissional é fundamental para que a redução da obesidade andróide e ginóide seja eficiente e resulte na melhora das condições de saúde.
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